De olho nas olheiras!
Dia desses, nos stories do perfil de uma publicitária que eu sigo no Instagram, a ouvi num discurso daqueles intermináveis, a favor de que as mulheres não usassem mais corretivos para olheiras. A mesma mulher que, diga-se, é linda e tem 30 e poucos anos, insistiu para que suas seguidoras vivessem sem essa preocupação ou, que muitas, abolissem essa “obrigação”. Eu, que luto com as minhas olheiras desde muito jovem, parei de assistir ali mesmo. Dizer isso, sendo linda e jovem, é mole, não é mesmo? E, com sinceridade, tirando unhas postiças – seja de que tipo for -, cabelos alisados e excesso de preenchimentos, sou a favor de que cada mulher faça aquilo que a fizer se sentir melhor e mais à vontade com o próprio corpo. Essa, que fique claro, é a minha opinião.
Jamais curti essa onda, que volta e meia aparece nas redes sociais, de incentivo aos cabelos brancos, ao excesso de peso, às olheiras, enfim, como eu escrevi, cada mulher sabe a melhor maneira de conviver com aquilo que considera defeitos em si mesma. Não sou favorável a um comportamento obsessivo, tampouco compartilho da opção de quem prefere o desleixo. Viver pro culto ao próprio corpo ou pra própria beleza é algo exagerado, tanto quanto ignorar que cuidados pessoais, muitas vezes, fazem bem pra cabeça. Eu adoro os momentos em que cuido de mim mesma! Gosto de cuidar dos cabelos, gosto de ter mãos e pés bem tratados semanalmente – fico agoniada só em ver mãos com cutículas aparentes, unhas roídas ou mal cortadas -, gosto de reservar alguns minutos ao longo do dia para hidratar a pele, enfim, amo me cuidar! Isso é um carinho, uma terapia, algo bem distante de paranoia com a aparência.
Nestes tempos de pandemia, nada mais comum do que algumas noites mal dormidas, não é mesmo? E quem sofre com as olheiras sabe bem o que significa isso: um dia seguinte de olhar cansado e expressão abatida. O que fazer então? A primeira coisa é descobrir a causa das olheiras. A maioria das pessoas que sofre com elas, tem o fator hereditário como motivo principal. Pai e mãe com olheiras são alta probabilidade de filhos com o mesmo problema, inclusive na infância – como foi o meu caso. Isso acontece devido ao formato do crânio: músculos e gordura da face acabam não tendo suporte suficiente para as áreas ao redor dos olhos, o que causa as incômodas olheiras.
Outro motivo para o surgimento das olheiras é a falta de sono, pessoas que dormem pouco ou apresentam alguma disfunção no ciclo do sono, o que leva à insônia. Essas pessoas têm mais chance também de apresentar olheiras por conta do cansaço que gera maior desidratação da pele ao redor dos olhos. Drogas de forma geral, incluindo aí cigarros e álcool, também provocam maior desidratação da pele, podendo dar início às temidas olheiras.
As olheiras podem surgir em forma de vincos profundos ou leves, podem surgir como um escurecimento ao redor dos olhos ou podem ser arroxeadas, devido à maior vascularização (aumento de vasos sanguíneos) abaixo da pele.
O tratamento vai depender do tipo de olheira que a pessoa tem. Óbvio, o dermatologista é o profissional capacitado para avaliar cada caso. Nos casos de depressões na região abaixo dos olhos, o preenchimento com ácido hialurônico é capaz de resolver totalmente o problema – eu usei e o resultado foi ótimo. Já as olheiras escuras podem ser tratadas com clareadores e filtros solares adequados para essa região, enquanto as olheiras arroxeadas podem melhorar com o tratamento a laser.
Não se esqueça: hidrate bem a área dos olhos, evite água quente e sabonetes que ressequem essa região. Tomar água – como eu já escrevi aqui – também é fundamental, assim como ter vida saudável e boas horas de sono.