Beba ao menos dois litros de água! Acredite: seu corpo vai agradecer! O meu depoimento
Desde criança, eu sempre detestei beber água. Minha mãe tentou de tudo! Levar, constantemente, um copo cheio até onde eu estava, enumerar os benefícios que meu organismo teria e apelar para a minha vaidade, listando tudo aquilo que favoreceria a estética. Fato é, que nenhum argumento me convenceu. E olha que eu tentei! O pior de tudo é que eu não apenas bebia pouquíssima água, como o meu metabolismo começou a dar sinais de que algo ia errado. Cabelos quebradiços, sem força, unhas fracas que descamavam e quebravam facilmente, pele ressecada, lábios rachados e, o mais grave, pedras no rim. Sim, e a cólica renal está entre as dez piores dores que um ser humano pode sentir. Eu tive nada mais, nada menos, do que 19 pedras. Imagina só o desespero da minha mãe, médica, vendo as pedras “brotarem”, me derrubando literalmente, e ela sem poder fazer nada além de pedir para que eu a ouvisse. Nem assim eu cedi. Foram anos, décadas, agindo com teimosia, sem ouvir o meu corpo.
Há quase cinco meses, durante a quarentena, tive vários pequenos problemas que chamaram a minha atenção e ligaram o “alerta”. Pensei, pesquisei e cheguei à conclusão de que eu continuava, por força do meu – péssimo – hábito de não beber água, extremamente desidratada. Talvez, isso tenha acontecido por eu ter deixado de pedalar durante a quarentena, ou seja, o único momento em que eu, espontaneamente, bebia muita água, que era pedalando, deixou de fazer parte da minha rotina diária. A falta do exercício e, consequentemente, da água, deixaram os problemas expostos outra vez. Preocupada, tomei a decisão de fazer, enfim, o que minha mãe sempre pediu: beber água. E, se era para fazer isso, eu faria direito. Foi então que me determinei a beber, todos os dias, dois litros de água, fora o que eu já bebo de líquidos variados – sucos, chás, água de coco – e da própria água ao longo das refeições, aliás, outro hábito que quero abolir aos poucos e passar a ingerir líquidos apenas fora de café da manhã, almoço e jantar. Peguei um daqueles copões de 500 ml que eu trouxe dos Estados Unidos e me obriguei a beber quatro deles, dois de manhã e dois à tarde.
O primeiro dia foi tranquilo, a primeira semana, idem, mas na segunda…travei! E aí? Desistir? Não! Definitivamente, não sou pessoa de desistir daquilo a que me proponho. Sou capricorniana, com ascendente em Áries – quem entende um pouco de astrologia vai entender o tanto de teimosia que existe nessa “combinação” astrológica -, ou seja, desistir não é verbo que eu conjugue na primeira pessoa do singular. Descobri, então, que apesar de eu não gostar de água gelada, duas pedrinhas de gelo fariam a diferença! E bastou isso para todo santo dia beber, contando o total de líquido que ingiro diariamente, o total de 3,5 litros! Nem eu acreditei! Não vou dizer que bebo com prazer, não! Mas aprendi, na prática, a reconhecer o bem que a água fez e faz para o meu corpo.
Posso listar as mudanças, no meu corpo e no meu metabolismo. De cara, o inchaço do corpo diminuiu tremendamente. A digestão mudou de forma impressionante – justiça se faça a mim, acho que sempre colaborei por evitar refrigerantes e, mais recentemente, aboli-los de vez. Senti meu organismo melhorar como um todo, como se tivesse desintoxicado, o que realmente aconteceu. Os produtos de beleza passaram a funcionar muito mais, e melhor. Isso, mais a melhora das minhas unhas e do meu cabelo, foi gritante nessa mudança. Antes, sempre que eu me maquiava, percebia que a make meio que “patinava”, sabe como? Fixação dos produtos zero! E olha que faço questão de usar os melhores – não é esnobismo, é cuidado comigo. Tenho uma genética privilegiada, herança da minha mãe, que sempre teve uma pele linda e pouquíssimas rugas. Por que então descuidar de algo que tive a sorte de receber? Sou bem detalhista com os cuidados em relação à pele. Ela é um dos nossos “cartões de visita”. Não me refiro a usar maquiagem o tempo todo, nada disso. Falo de pele limpa, bem tratada, sem manchas, poros abertos. Pele manchada, ressecada e poros aparentes dão uma impressão de desleixo. Tenho verdadeira aflição de pele manchada! Claro que algumas pessoas não têm a mesma sorte que eu, de ter “herdado” uma boa pele, mas os cuidados também fazem a diferença. Sem essa de “Ah! Eu não ligo pra isso”…porque em algum momento, assim como não beber água foi prejudicial pra mim, a falta de cuidados será pra quem não se preocupar com as manchas. Ainda sobre a pele, notei um brilho e um tom rosado nas bochechas, o conhecido – e sonhado
– glow, aquele ar de saúde. Óbvio que adorei, não só isso, como o resultado geral.
Tenho certeza de que, se você é como eu, dificilmente ler isso lhe fará mudar de ideia e começar a beber água. Faça um teste, veja se consegue beber mais, se os resultados lhe animarão a ponto de não parar mais. Eu e meu copão não nos separamos mais!
Além disso, beber bastante água faz um enorme bem à saúde bucal, mantendo os níveis corretos dos minerais, estimulando a salivação e ajudando na limpeza de toda a boca e dentes. É na água também que encontramos grande quantidade de flúor, fundamental para a prevenção a cárie. A saliva, que é a mais beneficiada pela ingestão de água, ajuda na digestão, na eliminação de bactérias, na prevenção do mau hálito e também da cárie. Enfim, a lista de benefícios dessa aliada da saúde bucal é enorme.
Quando se bebe pouca água, o fluxo salivar diminui, o que causa o aumento de alimentos entre os dentes e, com isso, as chances de desenvolver cárie e problemas periodontais, além da halitose. E o mais grave: desenvolver uma dificuldade para engolir os alimentos fazendo com que o aproveitamento deles será prejudicado junto com a digestão. Se a boca começa o processo debilitada, todo o trajeto da comida será afetado. E vale mais um alerta: se a água que você bebe é, na maioria das vezes, mineral, pode ser que a quantidade ideal de flúor não esteja chegando até você. Isso porque em 60% dos municípios do Brasil, o flúor é adicionado em quantidades ideais na água de abastecimento, a fim de auxiliar na saúde bucal da população, porém, algumas marcas de água mineral não possuem a quantidade determinada pelo Ministério da Saúde.
Vale registrar que existem diversas opiniões sobre o que é a quantidade ideal de água a se consumir durante o dia. Desde o manjado um litro e meio, ao cálculo por peso, 35 ml de água multiplicado pelo peso da pessoa, ou seja, uma pessoa que pese 50 quilos deverá beber 1750 ml por dia. Eu decidi me impor dois litros por achar que é uma quantidade que eu suporto bem e por querer resultados significativos. Lembre-se: vivemos num país tropical, logo, beber água em um lugar quente é sempre mais fácil e menos torturante. E não esqueça: o ser humano perde, em média, 400 ml de água, através da pele, durante o dia. No verão, esse número tende a subir bastante. Portanto, é recomendável aumentar o consumo de água na estação mais quente do ano em, pelo menos, 500 ml por dia. A água, repito, é super importante para o funcionamento do nosso corpo. Auxilia na digestão, na musculatura, regula o intestino e a pressão arterial, além de ajudar a controlar a temperatura corporal. E uma dica: a ingestão frequente de água vai além do bem-estar corporal. A hidratação feita de maneira correta pode ser um forte aliado na perda de peso, já que a sensação de sede, muitas vezes, pode ser confundida com a sensação de fome, ou seja, a falta de hidratação adequada pode nos levar a comer mais.
Sei bem que nada disso convence quem detesta a mais pálida ideia de beber água, mas torço por você, que ao ler o meu relato se identificou comigo. No meu caso, o meu próprio convencimento foi o que funcionou. O medo do que ainda poderia acontecer comigo por conta da desidratação falou mais alto e fez com que eu desse a chance que minha mãe sempre pediu que eu desse. Está dada, e eu, convencida da eficácia.
Como não poderia deixar de ser: te dedico, mãe!