Livro sobre Melania Trump é nitroglicerina pura!

Foi lançado ontem, nos Estados Unidos, o livro ‘Melania and Me’, assinado por Stephanie Winston Wolkoff, que foi uma amiga da atual mulher do presidente Donald Trump por mais de 20 anos. A apenas dois meses das eleições presidenciais americanas, o livro pode causar problemas para a primeira-dama, que é apresentada como uma pessoa fria, fútil e pouco interessada nas questões sociais dos Estados Unidos.

O presidente americano Donald Trump entre a mulher, Melania, e Stephanie Wolkoff
Stephanie, que já trabalhou na Vogue americana como gerente de relações-públicas, de 1996 a 2010 – tinha na poderosa editora da revista, Anna Wintour, uma de suas maiores fãs e chegou a apelidá-la de “general Winston” – foi, logo no início do governo Trump, a estrategista-chefe do gabinete de Melania. Apenas alguns meses após deixar a Vogue, Stephanie assumiu o cargo de diretora de moda do Lincoln Center, indicada por Anna Wintour. Dois anos e meio depois, deixou a função para abrir a sua própria agência, a SWW Creative, que coordena o relacionamento entre empresas e pessoas nas indústrias de moda beleza e entretenimento. Entre seus clientes estão: IMG Fashion Worldwide, o Conselho de Designers de Moda da América e o próprio Lincoln Center.
Winston e seu marido, o conhecido corretor imobiliário David Wolkoff, estiveram na posse do atual presidente americano.

David e Stephanie Wolkoff
A Casa Branca definiu o livro, mais um não autorizado sobre os Trump, como “uma estranha distorção da verdade”. Uma porta-voz de Melania Trump afirmou que “O livro não só está cheio de mentiras e paranoia, como se baseia em uma necessidade imaginária de vingança”.
Um dos episódios narrados por Stephanie Wolkoff, sobre a atual primeira-dama norte-americana, no início do governo de seu marido, conta a exigência de Melania para que a Casa Branca fosse repintada e redecorada, além de impor como condição para entrar lá, a troca do chuveiro e do vaso sanitário de sua suite. Ela se recusou a usar os mesmos que Barack e Michelle Obama.
Outro episódio, este de 2018, se refere ao drama vivido por pais e filhos imigrantes, indocumentados, separados pelo governo Trump nos postos de checagem das fronteiras. Segundo Stephanie, a primeira-dama americana demonstrou pouquíssima ou nenhuma compaixão, e ainda disparou: “As crianças não estarem com seus pais é triste. Mas os agentes da patrulha me disseram que as crianças falavam ‘Uau, tenho uma cama? Terei um armário para as minhas roupas?’ Isso é bem mais do que elas teriam em seus próprios países, onde dormem no chão”.
A imagem de Melania Trump nunca esteve tão arranhada como nos últimos tempos, não apenas por sua frieza impressionante, mas principalmente, por seus comentários desastrados e a sucessão de erros em eventos oficiais na convenção do Partido Republicano. No entanto, quem conhece políticos e aqueles com quem se relacionam, sabe que a maioria passa incólume por esse tipo de livro. O tempo dirá se o estrago será grande o suficiente para prejudicar Donald Trump na corrida presencial.