Os aplicativos, os brasileiros e a pandemia…tudo junto e misturado!

Você conhece Panorama Mobile Time / Opinion Box? É um conjunto de pesquisas periódicas sobre os hábitos dos brasileiros no consumo de conteúdos e serviços móveis. A mais recente dessas pesquisa, realizada online, entre 6 e 13 de maio deste ano, com 2017 brasileiros, foi sobre o uso de aplicativos no país e revelou dados interessantes. De acordo com esse estudo, WhatsApp e Zoom são os aplicativos mais usados pelos brasileiros, atualmente, para videochamadas. E o TikTok foi o aplicativo que cresceu mais nos smartphones brasileiros – haja falta do que fazer, não é mesmo?
No último ano – e aí, muito provavelmente, a pandemia é uma das razões – o número de internautas brasileiros que assinaram um serviço de streaming de séries e filmes, cresceu de 38% para 51%.
A febre desse tempo de quarentena, a tal da live, atraiu as atenções de 75% dos internautas pesquisados, e as plataformas mais utilizadas por eles foram o Instagram e o YouTube. É quase impossível alguém não ter assistido a, ao menos, uma. E a pesquisa comprova a tendência: 75% dos internautas brasileiros já assistiram a uma transmissão ao vivo na tela do seu smartphone. O hábito é mais comum entre os jovens. Entre eles, 83% daqueles que têm entre 16 e 29 anos já viram lives. A proporção cai para 76% no grupo de 30 a 49 anos e para 59%, naquele com 50 anos ou mais. Não há diferenças significativas por classe social ou gênero, mas sim por região do país: o Nordeste tem a maior proporção de internautas que já assistiram a lives (84%), enquanto o sul tem a menor (70%). Ainda de acordo com o relatório da pesquisa, entre os brasileiros que já viram lives, 66% declaram que a frequência com que assistem essas transmissões ao vivo no smartphone aumentou durante o período de confinamento em casa. Neste ponto, tal como nas videochamadas, nota-se uma diferença por classe social: a proporção é maior entre aqueles das classes A e B (73%) do que entre aqueles das classes C, D e E (65%).
A pesquisa, óbvio, mostrou qual plataforma foi a mais utilizada pelos brasileiros para assistir lives. O YouTube liderou, com 84%. Em segundo e terceiro lugares vêm, respectivamente, o Instagram com 54% e o Facebook com 41%. A preferência pelas plataformas varia de acordo com idade, classe social e gênero. No público que vê lives no Instagram, por exemplo, há uma predominância de mulheres e de jovens entre 16 e 29 anos. No uso do Facebook para ver lives, por sua vez, a proporção é maior entre as pessoas das classes C, D e E do que entre aquelas das classes A e B. O YouTube é mais democrático na análise demográfica: não há diferenças expressivas por gênero, idade ou classe social.
De acordo com a pesquisa, 88% dos internautas brasileiros participaram de uma videochamada, sendo que a faixa etária de usuários dos 16 aos 49 anos superou a dos usuários com 50 anos ou mais. Entre os pesquisados, 52% realizaram videochamadas desde o início do isolamento social, enquanto 39% disseram que a frequência não mudou e apenas 9% diminuiram o número das videochamadas. Entre os usuários desse serviço, 65%, das classes A e B, afirmaram ter aumentado a frequência das chamadas durante a pandemia, já menos da metade, 48%, nas classes C, D e E utilizaram as videochamadas. O relatório da pesquisa conclui que uma das explicações para essa diferença pode estar na natureza dos empregos de acordo com a classe social: no grupo de maior renda há um número maior de pessoas que trabalham em escritórios e que, durante a quarentena, passaram a trabalhar em casa, utilizando as videochamadas para isso.
O WhatsApp foi o aplicativo mais utilizado para a realização de videochamadas, com impressionantes 95%.
O polêmico aplicativo chinês, TikTok, começa a subir na preferência dos brasileiros. Segundo a pesquisa, até seis meses atrás, o app sequer aparecia entre os mais presentes nos smartphones brasileiros. A campanha de mídia pesada, e talvez por isso mesmo, insuportável do TikTok rendeu resultados bons e o colocou como o 12o. mais presente na tela inicial dos aparelhos celulares dos brasileiros.
Outro dado que a pesquisa revela e que surpreende foi a colocação do aplicativo da Caixa ( Econômica Federal ) , que cresceu entre os mais populares na home screen dos brasileiros e, hoje, ocupa a quarta posição, atrás apenas de WhatsApp (57%), Facebook($$%) e Instagram(43%). Outro aplicativo que, obviamente, cresceu foi o iFood, que ocupa a 10a. posição.
O crescimento da proporção de assinantes dos serviços de streaming de filmes e séries também foi um destaque. Em maio de 2019, a pesquisa mostrava que eram 38%, já em novembro do ano passado esse percentual subiu para 45% e, agora, para 51% dos entrevistados. Neste primeiro semestre, a quarentena pode ter contribuído para que esses serviços conquistassem mais assinantes. Outro fator favorável foi a integração de alguns desses serviços com planos de operadoras móveis, como no caso das parcerias que Tim e Vivo firmaram com o Netflix. Além disso, houve um aumento da competição, com o fortalecimento de players como Globoplay e Amazon Prime Video. Ambos dobraram sua participação em seis meses, enquanto Netflix caiu cinco pontos percentuais na preferência dos assinantes brasileiros de streaming de vídeo.
Ainda segundo a mesma pesquisa, o consumo de serviços pagos de streaming de vídeo é mais comum nas classes A e B (60%). Também é mais popular entre os jovens de 16 a 29 anos (60%). Neste cenário, preferencialmente para visualização em smartphones, a liderança é total da Netflix com 80%. Amazon Prime Video tem 8% e GloboPlay aparece com 4%.
A pesquisa é independente, realizada por uma parceria entre o site de notícias Mobile Time e a empresa de soluções em pesquisas Opinion Box. Já o questionário, foi elaborado por Mobile Time.
A margem de erro é de 2.2%. Já o grau de confiança é de 95%.