E o Zózimo, hein?

Como foi noticiado há dois dias, a estátua em homenagem ao jornalista Zózimo Barrozo do Amaral – que fica na praça homônima, no final do Leblon – foi alvo de vandalismo anteontem.
Ele, com certeza, se vivo ainda fosse, perguntaria de cara: e o Zózimo, hein? Amanheceu pichado!

Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo
O monumento, produzido pelo escultor Roberto Sá e inaugurado em 2001, foi pichado de alto a baixo com tinta branca e a placa que identificava a obra teve que ser retirada – como o coordenador da Secretaria Municipal de Conservação e Meio Ambiente mostra na foto abaixo. Isso, no entanto, não é a primeira vez que acontece. Em 2009 e em 2013, vândalos também picharam a estátua e, na última vez, um casal foi identificado como responsável pelo crime – sim, pichar monumentos públicos é crime! – e respondeu por dano ao patrimônio público.
O número de atos de vandalismo praticados contra monumentos do Rio de Janeiro cresce assustadoramente. Apenas no último trimestre do ano passado, a equipe de Operações Especiais – que cuida da limpeza das estátuas pichadas – precisou recuperar quase 50 delas em toda a cidade.
Hoje, por exemplo, o site flagrou uma dupla do departamento, limpando a estátua de Zózimo.
Durante um rápido papo com eles, foi fácil perceber a indignação de ambos, que ia além daquela natural a quem precisou trabalhar, literalmente, debaixo de chuva e de sol, nos últimos dias, pra recuperar o monumento. Os dois se mostravam contrariados com o número de vandalismo que vem atingindo monumentos cariocas.
A prefeitura deveria, imediatamente, instalar câmeras que vigiassem as estátuas espalhadas pela cidade. Não é o ideal, mas é o que se pode fazer no momento pra punir quem é capaz de atos tão absurdos e totalmente sem propósito quanto esses.
Não sou a favor do “olho por olho, dente por dente”, mas esses pichadores deveriam pensar em como seria se fossem eles os vandalizados.
O tempo que se perde pra recuperar os monumentos, o quanto se gasta com isso, além, claro!, do desgaste dos funcionários que precisam usar máscaras por causa dos produtos tóxicos que utilizam, e horas à mercê de frio e calor.
Mais do que tempo de se atribuir penas pesadas a quem faz isso! E fazê-los pagar pelo crime que cometem!